Teria sido este o primeiro contato do elemento branco com a região das Campininhas, mas ainda não a sua ocupação.
A ocupação da terra teria acontecido cerca de 1810, quando o alferes Joaquim Gomes da Silva Gerais instalou uma fazenda no local onde foi criada a vila de Campininhas, com grande patrimônio de terras. A igreja, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi elevada à dignidade de freguesia pela lei provincial de 08 de julho de 1843.
Os redentoristas dirigem a Paróquia de Campinas desde de dezembro de 1894. Antes deles, estes sacerdotes constam na lista dos párocos.
- Padre Basílio Antônio de Santa Bárbara Almeida: 1843-1856
- Padre João Francisco Azevedo do Nascimento: 1856-1871
- Cônego José Olintho: 1871-1874
- Padre Luiz Manoel dos Anjos: 1874-1876
- Cônego José Olintho: 1877-1878
- Padre João Francisco Guimarães: 1878-1881, que foi “suspenso do uso das ordens” e a paróquia ficou “vaga” durante 10 anos.
- Padre Francisco Inácio de Souza: 1891-1893
- Padre Inácio Antônio da Silva: 1893-1894, que recebeu os redentoristas e entregou-lhes a Paróquia no dia 20/01/1895, na Festa de São Sebastião.
Redentoristas em Campinas
Meio século depois de criada a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, ela foi confiada aos missionários redentoristas. Pe. Leodônio Marques, redentorista, que foi pároco de Campinas, assim se expressou ao ser perguntado sobre a história da chegada dos redentoristas: “Eles vieram da Alemanha em 1894. Eram muito zelosos. Vieram a pedido do bispo de Goiás Dom Eduardo da Silva.
Depois que aportaram no Rio de Janeiro seguiram de trem para Uberaba-MG. De lá para cá vieram a cavalo, um mês de caminhada (cavalgada). Alguns missionários eram artistas/arquitetos/marceneiros.
Construíram a antiga Matriz, a Igreja e o Convento da Vila São José (sem falar do Santuário Velho de Trindade, da Igreja de Bela Vista, de Aparecida de Goiânia e muitas outras). O “Conventão” (hoje Casa de Cultura Gustavo Rither atrás da Matriz) foi construído em 1949.”
Área de ação pastoral no início do século XX
A Paróquia Nossa Senhora da Conceição compreendia um enorme território geográfico. Melhor, era uma Paróquia única, pois não havia outra por perto. Os missionários vindos da Alemanha, ainda nem tinham aprendido bem a língua portuguesa e já começaram a sair a cavalo para as famosas desobrigas.
Pe. Marques lembra que “os redentoristas vindos para atender às romarias de Trindade, no início, ficaram morando só em Campinas mas se deslocavam para todas as direções: de Campinas para Bela Vista, Piracanjuba, Morrinhos, Quirinópolis, Guapó, Varjão, Edéia, São Luiz dos Montes Belos, Anicuns, Americano do Brasil, Iporá, até às Margens do Araguaia”. Por isso mesmo tiveram grande influência na formação religiosa e social de todo o povo da região, no passado e no presente. Pe. Marques lembra uma fala de Dom Fernando: “Os redentoristas são os plantadores da fé na Arquidiocese de Goiânia. Onde passo, o povo fala sempre dos missionários antigos: Pe. Pelágio, Pe. Sebastião e outros.”
Campinas berço de Goiânia
Goiânia nasceu à sombra de “Campininhas das Flores, em 1933. A Arquidiocese de Goiânia foi criada pelo Papa Pio XII, em 1956, sendo o primeiro Arcebispo Dom Fernando Gomes dos Santos, falecido em 1º de junho de 1985. A Arquidiocese foi instalada (posse de Dom Fernando) no dia 16 de junho de 1957. Sobre isso escreve Dom Antonio, que sucedeu a Dom Fernando.
“Eu era padre da Arquidiocese de Goiânia naquele dia instalada. Não tinha como prever o que estava iniciando naquele dezesseis de junho. Goiás era sertão. Goiânia tinha 80 mil habitantes, com um bispo ainda desconhecido. Era a hora da Providência. Juscelino tirava do cerrado a futura capital.
O sonho começou a se realizar. Capital Federal no coração da Pátria, no território da Arquidiocese de Goiânia.
Criou as primeiras paróquias na nova capital do país, convidou religiosos e religiosas para o interior da Arquidiocese, reuniu e animou os padres, convocou a Reunião dos Bispos da Província Eclesiástica, criou-se a Revista da Arquidiocese, adquiriu a Rádio Difusora. Incrementou o andamento das obras da Catedral de Goiânia, iniciou a construção do Seminário Santa Cruz, a organização da Cúria Metropolitana.
Daí em diante surgem as dioceses de São Luís de Montes Belos, a Arquidiocese de Brasília, Diocese de Rubiataba, Ipameri, Anápolis, Itumbiara, Miracema do Tocantins”.
Matriz de Campinas no Século XX
Com o surgimento da Catedral e de outras paróquias, a Matriz ganhou companhia. Não era mais uma Paróquia solitária, mas não perdeu sua importância e nem deixou de realizar sua vocação terna e carinhosa de mãe com espírito acolhedor.
Goiânia abraçou Campinas com o crescimento. Muitas paróquias foram criadas. Cada uma com o direito de ser chamada “Matriz”. Mas ao se falar de Igreja Matriz na Arquidiocese de Goiânia pensa-se imediatamente na Matriz de Campinas. Matriz é Mãe.
A atual igreja é a maior de Goiânia. Abriga cerca de 930 pessoas sentadas e outro tanto de pé. Foi construída na década de 60, quando o pároco era o Pe. Nelson Antonino. Sem dúvida é a igreja mais movimentada e procurada de Goiânia.
No fim do século XX, em cada semana já passavam pela Matriz umas 30.000 pessoas. Cada 3ª feira acontecem as Novenas Perpétuas que começaram na década de 50.
Em 1996 eram celebradas 6 novenas cada terça-feira. No ano jubilar 2000 eram 14 horários, atualmente são 15 horários de novenas. Nesse ano a Matriz foi declarada oficialmente Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ainda sobre as novenas é de se notar que cada novena dura em média 50 minutos. São mais de 15.000 pessoas que freqüentam as Novenas semanalmente.
Os redentoristas dirigem a Paróquia de Campinas desde janeiro de 1895. Em 1894 o Padre Inácio Antônio da Silva era o pároco e foi ele que recebeu os redentoristas no dia 12 de dezembro e entregou-lhes a Paróquia no dia 20/01/1895, na Festa de São Sebastião. E como os missionários trabalham em equipe, de lá para cá centenas deles já trabalharam na Paróquia Nossa Senhora da Conceição. A lista dos párocos é a seguinte:
1894 – Chegada dos Redentoristas, vindos da Alemanha (12/12/1894)1895 – Pe. Gebardo Wiggermann
1904 – Pe. Gebardo Wiggermann
1908 – Pe. Antão Jorge Heckenblaichner
1916 – Pe. José Clemente Heinrich
1917 – Pe. Francisco Braz Alves
1919 – Pe. Carlos Hildebrand
1922 – Pe. João Batista Kiermaier
1924 – Pe. Conrado Kolmann
1926 – Pe. Lourenço Hubbauer
1930 – Pe. Carlos Eugênio Johner
1933 – Pe. Conrado Kolmann
1936 – Pe. José Sebastião Schuvartzmaier
1939 – Pe. André Batista Troidl
1942 – Pe. Conrado Kolmann
1943 – Pe. Alexandre Miné
1946 – Pe. Oscar Chagas de Azeredo
1948 – Pe. Antônio Penteado de Oliveira
1955 – Pe. Gabriel Maria Vilela
1956 – Pe. Antonio Andrade
1965 – Pe. Leodônio Marques de Assis
1970 – Pe. Maurílio Fernandes
1971 – Pe. Luís Ítalo Zômpero
1972 - Pe. Silvério Negri
1976 – Pe. Henrique Strehl
1978 – Pe. Luís Marcos de Macedo
1981 – Pe. Henrique Sebastião Demartini
1982 – Pe. Henrique Strehl
1986 – Pe. Vicente André de Oliveira
1990 – Pe.Walmir Garcia dos Santos
1991 – Pe.Alcides de Lima Júnior
1996 – Pe. Maurício Brandolize
2005 – Pe. Walmir Garcia dos Santos
A Paróquia Nossa Senhora da Conceição faz divisa com as seguintes Paróquias:
São Cristovão (S. Rodoviário)
Nossa Senhora Aparecida (S. Campinas)
São Judas Tadeu (S. Coimbra)
N. Sra. das Graças (S. Centro-Oeste)
Pio X (Fama)
São Pedro (Gentil Meireles